já há algum tempo ouço lucas santtana embora tenha conhecido o trabalho do músico há poucos anos. é que quando gosto, disseco, quero tudo, ouço tudo, pesquiso, busco conhecer. e ouvindo e conhecendo dá pra identificar o som, a pegada, as melodias e as letras e as cadências. gosto dessa identidade que alguns músicos carregam, ela não é minimizadora do artista, ela dá continuidade, confere até alguma credibilidade, porque tá lá a marca do cara, a cara dele. são muitos os músicos e compositores e intérpretes que têm isso sem se tornarem repetitivos, cansativos e enfadonhos.
a música popular brasileira (digo da não erudita) contemporânea está à disposição para quem quiser ouvir -- via liberação de alguns músicos pra quem quiser baixar de graça -- o entrosamento entre os músicos que a fazem. céu é parceira musical e casada com gui amabis que tem composições em parceria com lucas santtana que se apresenta com alguns da banda do amor cujo integrante marcelo callado é casado com a nina becker que faz parte da orquestra imperial que tem também a cantora thalma de freitas que já gravou com integrantes da nação zumbi, os três na massa, cujo baterista é o pupillo que hoje tá tocando com a marisa monte que é parceira de arnaldo antunes que já teve como seu baterista o curumin que é casado com a anelis assumpção que é filha do itamar... uma teia sem fim. e deliciosamente enriquecedora pra quem gosta da música do brasil.
eu gosto. e muito. aprecio mesmo. e por tanto apreço, ontem, voltando do trabalho e tendo o momento do dia que mais gosto -- caminhar ouvindo música -- percebi que a música streets bloom gravada pela céu no seu mais novo disco é do lucas santtana. e não fiquei surpresa hoje quando confirmei o que meu hábito de dissecar tinha me dito.
Para falar do que gosto, odeio, admiro, não suporto, de pessoas queridas, das nem tanto, e principalmente para dizer daquilo que me irrita!
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
o que desimporta
você não me
conhece. você não sabe quem eu sou. você não sabe de onde eu venho, e nem quer
saber. você não tem a mais vaga ideia do que eu quero, e nem quer ter. eu não
quero me mostrar pra você. eu não quero te conhecer. não quero ser sua amiga. não
quero saber dos seus problemas nem das suas alegrias. não tenho interesse pelo
que você pensa. você é desimportante pra mim e ainda assim me faz mal. sua opinião
não conta. você não
conhece generosidade. você me julga sem me conhecer. você acha que sabe de tudo
o que acontece dentro dos limites das paredes dos seus domínios. você fala e não
ouve. eu não quero ser como você. eu não te admiro. eu não gosto de você.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
às perguntas
sei que você (acha que) tem muita certeza de
tudo o que sente por ele (ok, ninguém tem tanta certeza de tudo assim), e que
no fundo no fundo, principalmente diante das perguntas que vou te fazer no
intuito de que VOCÊ se faça as mesmas, posso te causar uma forte irritação por
estar me metendo numa coisa que é tão sua e com a qual eu não teria nada a ver.
mas não adianta, você me envolve quando me conta tudo e me convida a
participar, e eu me envolvo porque é da minha personalidade dar ouvidos,
dar atenção e fazer parte, o meu sentimento por você se manifesta. e
definitivamente não estou tentando te apontar defeitos e falhas, só quero te
ver muito bem e sempre muito perto de mim, mesmo que geograficamente distante.
nesses últimos dias convivendo de perto e
participando desse momento tão cheio de emoções à flor da pele, tentei por
muitas vezes enxergar o que você já me disse e contestei no ato: que por anos
você só pensou no outro e não pensou em você mesma. nesses dias todos
percorrendo shoppings e lojas, eu não tive nem mesmo sua atenção para ouvir
coisas banais, observações, comentários ou coisas mais profundas, até em alguns
momentos em que eu falava do que você está vivendo. isso é até uma bobagem
perto de tudo, mas denota e demonstra a capacidade de real envolvimento de uma
pessoa na vida de outra, e principalmente: é nas pequenas coisas e
comportamentos mais corriqueiros que a vida acontece e se dá. não existe um
grande momento. para nada. praticamente tudo que é significativo é feito das
pequenas coisas. uma cerimônia de casamento pode ser um grande momento, mas não
é o casamento em si, este se dará no cotidiano, nas pequenas coisas do dia a
dia, por exemplo.
acho que uma pessoa que pensa no outro está
pronta pra ouvir, participar, colaborar ou discordar. não, eu não acho que você
ou eu devemos pensar primeiro no outro, não é isso que tô falando. o que tô
tentando é provocar uma reflexão, uma auto análise aí.
sem dramas e sem cobranças para comigo,
entenda bem, são exemplos, nesses dias todos não recebi uma gentileza sua
sequer, nem sua atenção nem um café. na boate, quando você encontrou o que
queria, eu nem precisava mais estar ali e só voltei a ser útil quando você
precisou de ajuda pra ir pra casa. e eu estava ali por você e pra você, com
todo meu coração e meus pés e meus gostos e minhas opiniões e só porque eu
queria estar ali, porque eu queria ser útil e ser gentil e amiga.
será que você não se acostumou a ter sempre
alguém ao seu dispor? primeiro ele fazendo tudo o que você traçava e tentando
adivinhar o que iria te agradar. e depois quem estava do seu lado, sempre
"de quatro", sempre disponível pra te satisfazer. será que você não
se acostumou a ter sempre alguém pra te "servir"?
você se ouve? você volta pra dentro de si e se
olha de verdade? você se pergunta o que realmente pensa e sente? você se auto
analisa? ou você decidiu, sem uma séria reflexão, que ele é a pessoa que você
quer porque afinal ele tem tantas qualidades, são tantos anos e já passou por
tudo isso do seu lado então ele merece uma recompensa?
você já REFLETIU profundamente a respeito de
tudo o que aconteceu? ou você viveu tudo aquilo e mais uma vez "bloqueou"
uma coisa que está aí dentro e pode aflorar a qualquer momento? mais uma vez: sei
que ninguém tem certeza de nada quando se trata de sentimentos, tudo pode
acontecer quando se trata do humano e do animal que temos em nós. mas é preciso
pensar a respeito das coisas.
só o fato de termos vivido e sofrido com uma
relação ou situação por um longo período de três anos não nos dá a vivência ou
a lição que precisamos se não pararmos para REFLETIR profundamente sobre o que
realmente houve, sobre PORQUE tudo aconteceu, sobre como isso pode voltar a
acontecer e quais as perguntas devemos nos fazer para tentar encontrar
possíveis respostas. muitas vezes apenas as perguntas já esclarecem tudo.
acredito que dificilmente um adulto perto dos
30 tenha um desejo despertado em si, o satisfaça e ele morra pra sempre.
repressão quando vem de fora é péssima, mas quando ela vem da gente mesmo pode
causar catástrofes, pode ferir e magoar quem mais amamos por mais de uma vez. e
falta de auto análise e de reflexão sobre nós mesmos pode provocar tudo isso.
me irrita muito
acho engraçado que as pessoas que mais acham blasfêmia eu dizer que a vida é uma grande bosta são as que mais reclamam de tudo: até acham legal a ideia de sair do trabalho uma hora mais cedo na véspera do feriado, mas quando lembradas de que isso acarreta em menos tempo de almoço, de pronto abrem a bocarra pra dizer "ai, que saco"; são sempre aquelas que estão se sentindo sós, precisam de amigos e parceiros; que acham os restaurantes self service carííííssimos; que se lamuriam por ter que fechar e abrir o outlook várias vezes ao dia pra funcionar e fazem questão de manifestar profunda insatisfação com essas coisinhas desagradáveis que acontecem o dia todo.
e se eu assumo que a vida é uma bosta, mas não faço disso um drama, praticamente me chamam de herege.
Assinar:
Postagens (Atom)